terça-feira, 17 de julho de 2012

Festa de Santana 2012

Como todos os anos a comunidade paroquial de Santana pertencente à Diocese de São Miguel Paulista na zona leste da capital paulista, se reúne para comemorar o dia de sua padroeira Santana, como ocorre todos os anos haverá novenário com a presença de diversos sacerdotes da diocese incluindo a presença dos Arautos do Evangelho.

Neste ano a Paróquia comemora seu 26º ano de criação, e com o auxílio de seu pároco o Pe. Josmar têm realizado obras em prol da comunidade como o término do salão paroquial, salas de catequese e a própria casa paroquial, que proporcionam uma melhor acomodação aos catequisandos e a todo povo de Deus que participa das atividades paroquiais ao longo do ano.

A devoção aos pais de Maria é muito antiga no Oriente, onde foram cultuados desde os primeiros séculos de nossa era, atingindo sua plenitude no século VI. Já no ocidente, o culto de Santana remonta ao século VIII, quando, no ano de 710, suas relíquias foram levadas da Terra Santa para Constantinopla, donde foram distribuídas para muitas igrejas do ocidente, estando a maior delas na igreja de Santana, em Düren, Renânia, Alemanha.

Seu culto foi tornando-se muito popular na Idade Média, especialmente na Alemanha. Em 1378, o Papa Urbano IV oficializou seu culto. Em 1584, o Papa Gregório XIII fixou a data da festa de Santana em 26 de Julho, e o Papa Leão XIII a estendeu para toda a Igreja, em 1879. Em França, o culto da Mãe de Mariateve um impulso extraordinário depois das aparições da santa em Auray, em 1623.

Tendo sido São Joaquim comemorado, inicialmente, em dia diverso ao de Santana, o Papa Paulo VI associou num único dia, 26 de julho, a celebração dos pais de Maria, mãe de Jesus.

Nos dias 21 e 22 de julho haverá quermesse, e sua renda será utilizada em prol das obras paroquiais, será também um momento de encontro e partilha de todos os paroquianos, neste ano o tema de reflexão durante o novenário será baseado no VII Encontro Mundial das Famílias, que se realizou em Milão na Itália entre os dias 30 de maio e 03 de junho com o tema “A Família, o Trabalho, a Festa”.  

A oração bem como a programação pode ser acessada clicando nestes dois links abaixo.





Anderson Ricardo
@andersontwiter

domingo, 15 de abril de 2012

A beleza do Cristianismo



Ele não é apenas belo em si,

também é produtor de beleza



O filósofo espanhol Julián Marías, ao comentar sobre as perseguições antigas e presentes ao Cristianismo, afirmou que não se compreende a hostilidade contra algo que é admirável. Assim, o ódio anticristão seria intrinsecamente irracional. Efetivamente, o que há de mais belo neste mundo do que o Cristianismo? Uma Virgem concebe e dá à luz um Menino. Este Menino é o próprio Deus feito homem, andando no mundo e vivendo a vida dos homens, com suas dores e alegrias; o Verbo Criador, sem nada perder de Sua divindade, assume a natureza humana de Sua criatura. «Verdadeiro homem, concebido do Espírito Santo e nascido da Virgem Maria, viveu em tudo a condição humana, menos o pecado, anunciou aos pobres a salvação, aos oprimidos, a liberdade, aos tristes, a alegria» (Oração Eucarística n. 4).

Filho eterno de Deus Pai, consubstancial com o Pai e o Espírito Santo na mesma e única Essência divina, doou-se totalmente para a salvação da humanidade e reparar o pecado do homem. «Porque Deus amou de tal modo o mundo, que lhe deu seu Filho Unigênito, para que todo o que crê n’Ele não pereça, mas tenha a vida eterna» (Jo 3,16). Este Deus feito homem deixou-se crucificar pelos homens e ao terceiro dia ressuscitou dos mortos, vencendo a morte e nos dando a vida. Após a Ressurreição, apareceu aos discípulos e subiu aos céus, «não para afastar-se de nossa humildade, mas para dar-nos a certeza de que nos conduzirá à glória da imortalidade» (prefácio da Ascensão).

Pois então, existe história mais bonita que esta? Uma história sublime e ao mesmo tempo tão simples, que não encontra emulação em página alguma da literatura humana. Podem convocar todos os críticos literários do mundo, nenhum deles, honestamente, poderá apontar narrativa mais bela que o Evangelho. Nada do que a criatividade humana soube escrever pode ousar comparar-se. Esta é uma das provas da autoria divina dos Evangelhos: aquilo não pode ser obra humana, pois nada do que o homem produziu se lhe compara. Só o mesmo Deus poderia compor história tão bela, capaz de comover os homens de todos os tempos e de todos os lugares. Ademais, as narrativas que o homem criou foram inventadas pela imaginação e produzidas com papel e tinta, enquanto Deus fala nos fatos: antes de ser escrita nos livros, a narrativa evangélica foi representada diante dos homens por personagens de carne e osso, mediante fatos reais.

E se o Evangelho, centro da Sagrada Escritura, resplandece por sua sublime beleza, nem por isso o restante da Sacra Página encontra-se privado de encanto e ornamento. Vejam só a história de Abraão e de Sara, de Isaac e de Rebeca, e de Jacó que «sete anos de pastor serviu Labão, pai de Raquel, serrana bela» (Camões). A história de José, vendido por seus irmãos e depois salvando os mesmos irmãos que o tinham entregue, numa figura do Messias que viria. A singela história de fé de Tobias e a luta heroica dos macabeus. E, no Novo Testamento, a conversão de São Paulo no caminho de Damasco: o perseguidor que se torna o apóstolo dos gentios, pregando o Verbo entre os surdos e os descrentes. Entre tantos outros episódios que poderiam ser citados.

Porém, de fato, o que pode haver de mais belo do que Deus assumindo a nossa própria natureza? «O Verbo se fez carne, e habitou entre nós» (Jo 1,14). Este é o mistério da Encarnação do Verbo Divino; é, em certo sentido, a diferença específica do Cristianismo. Em nenhuma outra religião o Deus único e Criador de todas as coisas assumiu a natureza humana, tornando-se «em tudo à nossa semelhança, exceto no pecado» (cf. Hb 4,15), tomando para si um corpo e uma alma de homem. Ainda não contente, quis esse Deus ser mesmo nosso alimento na Eucaristia, em que Ele está substancialmente presente em Sua divindade e humanidade.

O Cristianismo não é apenas belo em si, como também é produtor de beleza. Por séculos, a verdade cristã inspirou os maiores artistas e promoveu a produção de inúmeras obras artísticas que enriqueceram a civilização não apenas nas letras, como em cada uma das belas artes.Diante dos magníficos tesouros artísticos produzidos e inspirados pelo Cristianismo, o que uma doutrina como o ateísmo teria a oferecer de semelhante? Será que a negação de Deus pode ser suficiente para inspirar um artista a produzir coisas belas?

Rodrigo R. Pedroso

14/03/2012 - 08h00

sábado, 31 de março de 2012

Domingo de Ramos - Entrada de Jesus em Jerusalém

A comemoração da entrada do Senhor em Jerusalém, com a bênção e a procissão dos ramos, supõe a proclamação do Evangelho, que dá sentido ao ato litúrgico (Mt 21,1-11). O louvor público é o reconhecimento messiânico da pessoa de Jesus , pela explicação bíblica, mais fácil, da relação do Messias com a dinastia davídica. De fato, a saudação messiânica Hosana ao Filho de Davi, no ato de bendizer o que vem em nome do Senhor, é a confirmação do oráculo de Natã, através do qual o povo espera e reconhece a chegada daquele descendente privilegiado, cujo trono seria estável ou permanente. Entretanto, Jesus parece preferir servir-se de outros textos escriturísticos para se deixar reconhecer como Messias. Ao querer montar no jumento para entrar na cidade , assume a missão messiânica, descrita por Zacarias: Dizei à Filha de Sião: eis que o teu rei vem a ti, manso e montado em um jumento, em um jumentinho, filho de uma jumenta.

Este ato contraditório se explica pelo messianismo anti-messiânico, ligado à pregação e irrupção do Reino, que contraria os interesses dos poderosos. Rejeitando-se o Messias, sua pessoa e sua mensagem, rejeita-se também o Reino que veio instaurar através dos meios pobres, mas eficazes, que escolhera. A cruz e a morte se colocam, então, no horizonte desta recusa do projeto messiânico: o caminho do amor que se doa a Deus e aos homens, em prol da justiça e da paz, através da mansidão e da humildade.


Fonte: http://wiki.cancaonova.com

sábado, 10 de março de 2012

Estou sofrendo e agora?



Sua história vai ter final feliz

Quantos de nós tivemos uma infância perfeita? Quantos de nós tivemos uma família perfeita? Quantos de nós tivemos pais perfeitos? E para que ninguém se sinta excluído dessa lista de perguntas a última é: Quantos de nós temos uma história perfeita, na qual tudo sempre deu certo?

Cada vez mais tenho a convicção de que esse tipo de pessoa não existe. Por isso se você teve ou tem problemas na sua história, se você tem traumas e feridas, que parecem eternas, porque não cicatrizam nunca, e se carrega dentro ou fora de si as lágrimas de um passado-presente que teimam em escorrer afogando esperanças e felicidade… então quero dizer que você não está sozinho e, assim como você, muitas pessoas passam por isso agora, e que, felizmente, existe uma forma para fazê-lo feliz mesmo que você tenha tido uma história tão difícil assim.

Se você tivesse a oportunidade de mudar alguma coisa na sua história, o que você mudaria? Com certeza, mudaríamos muitas coisas… Quem sabe aquela pessoa não tivesse morrido? Que eu não tivesse sido rejeitado… violentado… Queria ter recebido mais amor… Enfim, você conhece bem melhor que eu as cenas tristes desse filme. Se observarmos um pouco melhor vamos ver que, mesmo na vida de Jesus, aconteceram coisas que não foram assim muito boas; por exemplo; lembra o que José fez no primeiro instante quando soube que Maria estava grávida? “José, (…) resolveu rejeitá-la secretamente” (Mt 1,19).

E Jesus que estava no ventre de sua mãe também foi rejeitado (mesmo que isso tenha passado logo no coração de José (cf. Mt 1,20). Depois o Senhor sofreu o perigo do “infanticídio” ou mesmo de um “aborto” (pois se Herodes soubesse que Ele iria nascer e onde, certamente o mataria: cf. Mt 2,3). E quanto ao nascimento do Senhor nem preciso comentar… Viveu a pobreza tendo que fugir para o Egito (cf. Mt 2,14) e depois de ter amado “os Seus” sem reservas (cf. Jo 13,1), foi abandonado mais uma vez. Se a sua história não foi fácil saiba que a de Cristo também não o foi.

Jesus viveu em tudo a condição humana (exceto o pecado) (cf. Hb 4, 15), significa que Ele sabe o que é sofrer, significa que Ele sabe o que você sente. E mais: nas cenas mais assustadoras da sua história, se você observar um pouco melhor, vai descobrir que não estava sozinho (a). É verdade que você não é responsável pelo que fizeram com você no seu passado, mas é responsável pelo que vai fazer com isso no seu presente e no seu futuro.

Sabe o que mais? A sua história possui um Autor (com A maiúsculo); o autor é aquele que escreve, por isso determina como as coisas vão acontecer, como um filme, um teatro, uma novela, entre outros. Ainda que durante algum tempo “outros” tenham roubado o lugar do “Autor” e por isso essa história tenha começado de uma forma triste ou sombria, se você deixar o verdadeiro Autor tomar o lugar, que é d’Ele, tenha certeza de uma coisa: essa história não vai terminar como começou, a sua história vai ter final feliz!

O filme triste, que passava na sua cabeça das lembranças e pesadelos, ao qual você assistia com os olhos abertos, precisa, como vilões e os bandidos dos filmes a que assistimos, ser preso e destruído, colocado onde não possa mais lhe fazer mal. Por isso, denuncie para o verdadeiro Autor quem são os vilões da sua história, entregue-Lhe as feridas emocionais que ainda não foram cicatrizadas, entregue-Lhe aquelas situações que estão roubando a cena da sua vida.

Não permita que as coisas ruins, que as pessoas que o machucaram ou mesmo você, tomem o lugar do Autor, porque isso acabaria estragando a história que, mesmo com calvário e cruz, é chamada a ser história de ressurreição, apesar de todo sofrimento que Jesus viveu. Ele ressuscitou, exatamente porque o Pai (Deus-Pai), era e é o grande Autor da sua história; tenha certeza de que o mesmo Autor quer transformar de uma vez por todas sua história de terror em história de final feliz.

Padre Sóstenes Vieira
http://blog.cancaonova.com/padresostenes

10/02/2012 - 08h00

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Homilia da Celebração de Abertura da CF/2012
Catedral de São Miguel Arcanjo – 26/02/2012
Tema: Fraternidade e Saúde Pública
Lema: “Que a saúde se difunda sobre a terra” (Eclo.38,8)


Nesta tarde, reunidos na Igreja Mãe de nossa Diocese de São Miguel Paulista, revestidos do espírito quaresmal, que nos chama à conversão e nos propõe viver mais intensamente a vida de oração, a reconciliação e a prática da caridade, estamos abrindo oficialmente a Campanha da Fraternidade de 2012.

Neste ano, durante o tempo da quaresma, a Campanha da Fraternidade nos convida a refletir sobre o tema: Fraternidade e Saúde Pública com o lema: “Que a saúde se difunda sobre a terra” (Eclo. 38,8).

A quaresma é o tempo favorável para a busca de novas relações, pois, com a oração, o jejum e a caridade, que praticamos como preparação à celebração do mistério pascal de Jesus Cristo, na sua paixão, morte, ressurreição e ascensão ao céu, somos chamados a sermos homens e mulheres novos.

É necessário que a nossa fé nos leve a ter os olhos bem abertos às alegrias e às esperanças, mas também, às angústias, às tristezas e ao sofrimento do nosso povo. A Campanha da Fraternidade deste ano nos convida a lançar os olhos sobre a realidade da Saúde Pública no Brasil e a tomar consciência de nosso compromisso de cristãos para mudar esta realidade.

Como ouvimos há pouco, a Saúde é definida como “um processo harmonioso de bem-estar físico, psíquico, social e espiritual, e não apenas a ausência de doença, processo que capacita o ser humano a cumprir a missão que Deus lhe destinou, de acordo com a etapa e a condição de vida em que se encontre”.

Portanto, para que a saúde se difunda sobre a terra é preciso uma ação muito mais ampla do que a medicina curativa, torna-se necessário implantar uma política de saúde preventiva, garantir a todos as condições mínimas de bem-estar, exigir saneamento básico e, nestes campos, as nossas comunidades têm muito a colaborar. É preciso, cada vez mais, desenvolver a consciência de que a saúde é um dom a ser preservado criando bons hábitos.

A mobilização de nossas comunidades e pastorais em torno da realidade da saúde pública é questão de compromisso cristão: A Igreja se preocupa com as situações de sofrimento e morte a que está sujeito a grande maioria de nosso povo que depende do SUS. Isto precisa ser transformado, pela força do evangelho, pois, Jesus afirmou: “Eu vim para que todos tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo10,10). Movido pela fé, como discípulo missionário, cada cristão deve se empenhar e participar nas conferências e conselhos de saúde de seu bairro, como o fermento na massa, para levedar, para mudar e para transformar a realidade que aí está.

A primeira leitura que hoje foi proclamada nos relata a última parte da história do dilúvio e nos deixa o ensinamento de que Deus nunca se conforma diante do mal. Deus sempre intervém para corrigir, para reconstruir e para renovar. Do mal provocado pelo pecado Deus faz surgir uma nova humanidade, à qual promete somente coisas boas e garante todas as suas bênçãos: “Eis que vou estabelecer minha aliança convosco e com vossa descendência, com todos os seres vivos que estão convosco.”

Deus nunca desiste de nós. Ele é fiel e nos ama na gratuidade. Não porque somos bons, mas porque Ele é bom, Ele é a própria bondade. Se erramos, Ele está pronto a nos perdoar e a refazer a sua aliança; “Este é o sinal da aliança que coloco entre mim e vós, e todos os seres que estão convosco, por todas as gerações futuras: ponho meu arco nas nuvens como sinal de aliança entre mim e a terra”.

A Bíblia se serve dessa maravilhosa imagem do arco-iris para significar a paz entre o céu e a terra, o abraço entre Deus e o universo. Indica a aliança universal que envolve todos os homens e mulheres e todas as criaturas. A salvação gratuita de Deus, nos revela a bíblia desde o começo, se destina a todos os povos. Este é um texto que nos convida à alegria, pois, mostra que nenhuma maldade humana conseguirá destruir o amor que Deus tem por nós.

O texto do evangelho há pouco proclamado nos fala das tentações de Jesus no deserto. A primeira frase do evangelho ‘o Espírito levou Jesus para o deserto’, não é uma simples informação. É uma mensagem teológica: depois de seu batismo Jesus pleno da força do Espírito começa sua luta contra o mal. Jesus teve que contrapor-se, durante toda sua vida, com propostas que queriam desviá-lo do projeto do Pai, propostas que vinham de seus inimigos, do povo que queria fazê-lo rei e até de seus discípulos, como Pedro que não queria que Ele fosse a Jerusalém, onde se consumaria sua missão redentora.

Se esta foi a experiência de Jesus, não devemos estranhar que também nós tenhamos tentações. Sabemos que nestes momentos não estamos sozinhos. Dentro de nós está o Espírito Santo que nos dá forças para superar qualquer provação e ao nosso lado temos Jesus que nos conforta, pois, Ele mesmo conheceu o que foi a tentação.

Depois de ter dito que Jesus foi tentado, o evangelista Marcos acrescenta que Ele estava na companhia de animais selvagens e os anjos o serviam. Com estas figuras, mais uma vez, São Marcos quer contrapor as conseqüências do pecado que criou a desordem, a divisão, a violência e a obediência de Jesus que deu início a um novo paraíso, onde há convivência pacífica entre todas as criaturas do universo.

A segunda parte do evangelho nos relata, em resumo, toda a pregação de Jesus: ‘Completou-se o tempo e o Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho’. É um convite dirigido a todos nós, neste início da quaresma.

Este é o tempo favorável, o momento de mudar o coração e acolher com alegria o mundo novo, no qual Jesus já entrou com a sua vitória sobre o mal. Acolhendo e seguindo a Jesus, todos podem entrar para fazer parte desta nova humanidade.

O Papa Bento XVI, em sua mensagem para a quaresma nos diz que, ‘o fruto do acolhimento de Cristo é uma vida edificada segundo as três virtudes teologais: trata-se de nos aproximarmos do Senhor com um coração sincero, com a plena segurança da fé, de conservarmos firmemente a profissão de nossa esperança, numa solicitude constante por praticar, juntamente com os irmãos, o amor e as boas obras’.

Nesta sua mensagem o Papa desenvolve uma reflexão sobre a passagem da carta aos Hebreus ‘Prestemos atenção uns aos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras’. Esta passagem de Hebreus 10,24 é muito sugestiva para a vivência da Campanha da Fraternidade. Com efeito, prestar atenção ao outro inclui em procurar para ele todo o bem físico, psíquico, moral e espiritual. É preciso abrir os olhos para as necessidades do irmão, só assim contribuiremos para que ‘a saúde se difunda sobre a terra’. Esta missão é confiada a cada um de nós, seja qual for nosso campo de atuação, para que haja saúde e bem-estar para todos.

Neste momento quero dirigir uma saudação especial e uma palavra de estímulo aos profissionais da área da saúde, aos padres que com sua solicitude pastoral estão sempre atentos às necessidades do povo que lhe foi confiado, ministrando o conforto espiritual e organizando as pastorais, às religiosas que na Diocese trabalham na área da Saúde e no atendimento aos idosos, aos membros da Pastoral da Saúde, aos Ministros que visitam os enfermos, levando o conforto da Palavra de Deus e a Eucaristia, e às numerosas famílias que cuidam dos doentes e idosos em suas casas. Enfim a todos que tem um olhar de compaixão e se abrem para as necessidades dos que carecem da saúde.

Meus irmãos e minhas irmãs, encerrando, quero conclamar a todos para, a partir desta Campanha da Fraternidade, assumirmos três prioridades como gestos concretos de nosso compromisso de cristãos: 1. Implementar a Pastoral da Saúde em todas as Paróquias e comunidades; 2. Participação nos Conselhos de Saúde, como membros do Conselho e no acompanhamento de suas atividades; 3. Prevenção da saúde organizando palestras, encontros, cursos e campanhas para difundir hábitos saudáveis.

Que São Miguel Arcanjo nos defenda de todos os perigos e que Nossa Senhora da Penha nos abençoe e ajude na vivência desta Campanha da Fraternidade.



Louvado Seja Nosso Senhor Jesus Cristo!


Dom Manuel Parrado Carral

Abertura da Campanha da Fraternidade com entusiasmo o povo participa de celebração




No primeiro domingo da quaresma, dia 26 de fevereiro, às 15h00, na Catedral de São Miguel Arcanjo, Dom Manuel Parrado Carral presidiu a celebração de abertura da Campanha da Fraternidade de 2012 que, neste ano, tem como tema fraternidade e saúde pública e como lema “Que a saúde se difunda sobre a terra”( Eclo 38,8).



Em sua homilia, Dom Manuel destacou o sentido da quaresma e a importância de intensificarmos neste tempo a vida de oração, de penitência e da prática da caridade como preparação à solenidade da Páscoa.


Relacionando a Quaresma com a Campanha da Fraternidade, que este ano tem como lema “Que a saúde se difunda sobre a terra”, conclamou a todos para assumir três gestos concretos como compromisso a partir desta Campanha da Fraternidade: 1. Implementar a Pastoral da Saúde em todas as Paróquias e Comunidades; 2. Participar nos Conselhos de Saúde, como membros do Conselho e no acompanhamento de suas atividades; 3. Promover a saúde preventiva nas comunidades organizando palestras, encontros, cursos e campanhas para difundir hábitos saudáveis.

Fonte: www.diocesesaomiguel.org.br








quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Abertura da Campanha da Fraternidade 2012

Diocese de São Miguel Paulista

26/02/2012 - 15:00 hs

Catedral de São Miguel Arcanjo




quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

O significado da Quarta-feira de Cinzas


Quaresma, tempo de descobrir

que o amor é possível

O pecado é o maior obstáculo para o amor

Em poucos dias, na Quarta-feira de Cinzas, começaremos um período litúrgico importante da nossa fé católica: a Quaresma. O tempo quaresmal, eminentemente penitencial, em preparação para a Páscoa, é o propício momento em que todos nós, fiéis batizados, somos convidados a intensificar a vida de oração, penitência e caridade, com realce especial ao jejum e à abstinência. Contudo, só se compreende a Quaresma por intermédio do olhar de um Deus, que se encarna, morre e ressuscita por amor a cada um de nós. Isso mesmo, Deus mergulha na epopeia e tragédia da vida humana para nos resgatar das correntes do pecado e dar-nos a vida eterna.

A Quaresma está intimamente conectada com o desejo de felicidade e infinito, latentes em cada coração humano. Sem ela não se entende o ser cristão, sem ela não se entendem os mistérios da indigência e da grandeza humana. Constata-se por muitos espaços da vida humana um mar de tristezas e frustrações. A depressão, segundo dizem, é o mal de nosso século. Nunca sentimos tanta falta de infinito, e nunca estivemos tão presos ao efêmero, ao passageiro, ao transitório, àquilo que não gera relações humanas, valorizando demasiadamente o virtual e nos esquecendo do real, da dor, das misérias, da pobreza, da violência e das misérias morais que relativizam o belo e o sagrado e geram a cultura do descartável.

O que impede o coração humano de encontrar a felicidade? Muitas são as respostas, muitos estudos são apresentados diariamente nos meios de comunicação. Buscam-se explicações psicológicas, sociais, econômicas, políticas, entre outras. Mas são poucos os que chegam ao fundo do problema. A verdadeira e plena felicidade só será alcançada quando passarmos pela via quaresmal, caminho de purificação e penitência, que nos liberta, por meio da graça, dos grilhões do pecado.

O pecado é o maior obstáculo. Infelizmente, estamos imersos numa cultura que o comercializa. O mais triste é que, ao buscar a felicidade, a humanidade parece afundar-se cada vez mais no lodo e morre sufocada pelo veneno do pecado, que destrói almas e sonhos. E é a própria sociedade que promove esse tipo de vida, se questiona dos porquês dessas realidades que contaminam o orbe sem se importar com as condições econômicas ou sociais das pessoas.

A maior alienação é a incapacidade de perceber o quanto o ser humano se quebra quando se entrega ao pecado. Existe uma desintegração espiritual que se manifesta na sociedade e prolifera em estruturas. Ele nasce pessoal e, em proporção com a matéria, gravidade e circunstâncias, gera o mal social.

O reconhecimento de nossas misérias e fraquezas diárias é o primeiro passo para o encontro profundo consigo mesmo e com Deus. O pecado é a desintegração da nossa natureza e aliena nossa vida da realidade eterna a qual todos nós somos chamados. A penitência não é masoquismo, mas reconhecer de modo concreto e visível a nossa indigência e necessidade. Ela nos coloca no caminho do perdão, que é o resgate da unidade perdida pelo mal. O salmo penitencial 51(50) exclama, com beleza poética, o drama do pecado e a recuperação do Rei Davi. A primeira coisa que o pecado ataca é nossa consciência, ou seja, a capacidade de perceber e distinguir o mal e o bem. O Rei Davi possui a graça de ter um grande amigo, o profeta Natã. Este, sem medo das consequências e guiado pela força do Espirito Santo, o [Davi] acusa do seu pecado. A paz e a felicidade voltam ao rosto do rei de Israel apenas quando ele reconhece e deseja reparar o mal cometido.

O pecado nos coloca no sono mais profundo e nos impede de encontrar a paz que deve reinar em nossas vidas. Só por intermédio da paz, que nasce do encontro com Cristo misericordioso, ao nos arrependermos, poderemos encontrar a felicidade. Os verdadeiros amigos são aqueles que nos ajudam a despertar e a ver a realidade em toda sua complexidade, como fez Natã com Davi. Eles são capazes disso não porque sabem mais ou são mais capacitados, mas, sim, porque nos amam. Como está escrito em Eclesiástico: “O amigo fiel é poderoso refúgio, quem o descobriu, descobriu um tesouro” (Eclo 6,14).

A crise de felicidade está proporcionalmente relacionada com uma crise de amizade. Poucos encontram verdadeiros amigos. Muitas vezes, não sabemos ser bons amigos. Neste clima de preparação para a Jornada Mundial da Juventude, que será sediada na cidade do Rio de Janeiro, conclamo ao jovem: desperte com o encontro com Cristo, o dom da amizade. Não se pode ser cristão sozinho. Jovem evangeliza jovem. Com razão impacta, positivamente, milhões de pessoas a participação nas Jornadas Mundiais da Juventude, no encontro com Cristo juntamente com o Santo Padre o Papa. Nessas jornadas, os jovens descobrem que a amizade já existe entre eles, pois todos possuem em comum o grande Amigo Jesus Cristo, Aquele que nunca nos abandona.

Dizem que hoje as pessoas não querem se relacionar, desejam apenas se “conectar”, pois é mais fácil colocar o outro em “off”. O medo de criar laços sólidos brota, em muitos casos, da incerteza do amor. O pecado apaga de nossas vidas a certeza de que é possível amar. A fragmentação de nosso ser, oriunda do pecado, nos impede de confiar no outro.

Assim, neste importante tempo de Quaresma despertemos novamente o nosso desejo de felicidade. Purifiquemos nossas almas do pecado, que obstaculiza o encontro com Cristo, Amigo capaz de nos guiar com passos seguros. Como o Rei Davi, peçamos a Deus piedade por nossos pecados. Não tenhamos medo de reconhecer nossas transgressões.

Deus conhece nosso ser, ama a verdade e nos ensina a sabedoria. Ele nos dá a felicidade, o júbilo e nos purifica de todas as iniquidades, fazendo-nos “mais brancos do que a neve”. Sobretudo, Deus cria em cada um de nós um coração novo com a ajuda da penitência e do perdão sacramental. A via quaresmal, bem vivida, despertará em nós um espírito firme e devolverá o júbilo da salvação (cf. Sal 51).

Que nesta Quaresma tenhamos a coragem de fazer uma passagem profunda de purificação do pecado para a graça, no caminho bonito do itinerário do seguimento e discipulado do Redentor!

Dom Orani João Tempesta, O. Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro

22/02/2012 - 08h00

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Liturgia das Horas


A Liturgia das Horas (também chamada Ofício Divino) é a oração pública e comunitária oficial da Igreja Católica.

A palavra ofício vem do latim "opus" que significa "obra". É o momento de parar em meio a toda a agitação da vida e recordar que a Obra é de Deus.

Consiste basicamente na oração quotidiana em diversos momentos do dia, através de Salmos e cânticos, da leitura de passagens bíblicas e da elevação de preces a Deus. Com essa oração, a Igreja procura cumprir o mandato que recebeu de Cristo, de orar incessantemente, louvando a Deus e pedindo-Lhe por si e por todos os homens.
Fonte: Wikipedia 07-02-2012

Segue link com acesso a oração online acesse http://liturgiadashoras.org estará também em nossa HomePage.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Hóstia: O que a palavra lhe sugere?

Os Cristãos adotaram a

palavra hóstia para referir-se ao Cordeiro



Certa vez, pensando sobre o "Sacramento da Caridade", me fiz a seguinte pergunta: Por que será que costumamos associar "eucaristia" com "hóstia".

Fala-se em adorar a hóstia, ajoelhar-se diante da hóstia, levar a hóstia em procissão (na festa de Corpus Christi), guardar a hóstia... Uma criança chegou certa vez para a catequista e perguntou: "Tia, quanto tempo falta para eu tomar a hóstia?" (Referia-se à primeira comunhão).

Tive então a idéia de ir atrás da origem da palavra "hóstia". Corri para um dicionário (aliás, vários), e me dei conta que esta palavra vem do latim. Descobri que, em latim, "hóstia" é praticamente sinônimo de "vítima". Ao animal sacrificado em honra dos deuses, à vítima oferecida em sacrifício à divindade, os romanos (que falavam latim) chamavam de "hóstia". Ao soldado tombado na guerra vítima da agressão inimiga, defendendo o imperador e a pátria, chamavam de "hóstia". Ligada à palavra "hóstia" está a palavra latina "hóstis", que significa: "o inimigo". Daí vem a palavra "hostil" (agressivo, ameaçador, inimigo), "hostilizar" (agredir, provocar, ameaçar). E a vítima fatal de uma agressão, por conseguinte, é uma "hóstia".

Então, aconteceu o seguinte: O cristianismo, ao entrar em contato com a cultura latina, agregou no seu linguajar teológico e litúrgico a palavra "hóstia", exatamente para referir-se à maior "vítima" fatal da agressão humana: Cristo morto e ressuscitado.

Os cristãos adotaram a palavra "hóstia" para referir-se ao Cordeiro imolado (vitimado) e, ao mesmo tempo ressuscitado, presente no memorial eucarístico.

A palavra "hóstia" passa, pois, a significar a realidade que Cristo mesmo mostrou naquela ceia derradeira: "Isto é o meu corpo entregue... o meu sangue derramado". O pão consagrado, portanto, é uma "hóstia", aliás, a "hóstia" verdadeira, isto é, o próprio Corpo do ressuscitado, uma vez mortalmente agredido pela maldade humana, e agora vivo entre nós feito pão e vinho, entregue para ser comida e bebida: Tomai e comei..., tomai e bebei...

Infelizmente, com o correr dos tempos, perdeu-se muito este sentido profundamente teológico e espiritual que assumiu a palavra "hóstia" na liturgia do cristianismo romano primitivo, e se fixou quase que só na materialidade da "partícula circular de massa de pão ázimo que é consagrada na missa". A tal ponto de acabamos por chamar de "hóstia" até mesmo as partículas ainda não consagradas!

Hoje, quando falo em "hóstia", penso na "vítima pascal", penso na morte de Cristo e sua ressurreição, penso no mistério pascal. Hóstia para mim é isto: a morte do Senhor e sua ressurreição, sua total entrega por nós, presente no pão e no vinho consagrados. Por isso que, após a invocação do Espírito Santo sobre o pão e o vinho e a narração da última ceia do Senhor, na missa, toda a assembléia canta: "Anunciamos, Senhor, a vossa morte, proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus".

Diante desta "hóstia", isto é, diante deste mistério, a gente se inclina em profunda reverência, se ajoelha e mergulha em profunda contemplação, assumindo o compromisso de ser também assim: corpo oferecido "como hóstia viva, santa, agradável a Deus" (Rm 12,1). Adorar a "hóstia" significa render-se ao seu mistério para vivê-lo no dia-a-dia. E comungar a "hóstia" significa assimilar o seu mistério na totalidade do nosso ser para se tornar o que Cristo é: entrega de si a serviço dos irmãos, hóstia.

E agora entendo melhor quando o Concílio Vaticano II, ao exortar para a participação consciente, piedosa e ativa no "sacrossanto mistério da eucaristia", completa: "E aprendam a oferecer-se a si próprios (grifo nosso) oferecendo a hóstia imaculada, não só pelas mãos do sacerdote, mas também juntamente com ele e, assim, tendo a Cristo como Mediador, dia a dia se aperfeiçoem na união com Deus e entre si, para que, finalmente, Deus seja tudo em todos" (SC 48).



Frei José Ariovaldo da Silva, OFM
Mestre em Sagrada Liturgia, prof. Inst Teológico Petrópolis

sábado, 14 de janeiro de 2012

Silenciar-se é tão terapêutico como o expressar-se


No silêncio da alma

encontra-se a presença de Deus


O silêncio das tardes parece ter se perdido no passado. As manhãs perderam o seu mistério no descortinar de um novo dia. O barulho ocupou todos os espaços que eram reservados ao silêncio. Em meio a um mundo agitado o silêncio foi, aos poucos, sendo esquecido.

Em pleno século XXI, o homem e a mulher contemporâneos redescobrem o valor do silêncio na confusa agitação da vida cotidiana. O que havia se perdido começa a ser redescoberto como fonte terapêutica. É grande o número de pessoas que procuram retiros e dias de pleno silêncio, nos quais podem estar desligadas das “redes sociais” e também da agitação da vida moderna.

Silenciar-se é tão terapêutico como o expressar-se. Desde a Antiguidade, principalmente entre os monges do deserto, conhecidos também como "Terapeutas do Deserto", o silêncio era uma riqueza terapêutica. Através dele homens e mulheres encontravam-se com Deus e consigo. Hoje o ser humano tem sede de silêncio e de paz. A agitação da vida moderna roubou este tesouro que pertence à alma.

Para os monges do deserto o silêncio era um remédio para a agitação que afligia o ser humano, pois nele [silêncio] a pessoa entra em contato com aquilo que ela possui de mais sagrado, ou seja, a sua própria alma. E nos recônditos da alma se encontram as respostas que tanto se busca para o cotidiano da vida. No silêncio da alma encontra-se a presença de Deus.

Acho complicado quem busca Deus na agitação dos megashows e encontros. Barulho, som em nível altíssimo, gritos... Fico me perguntando: Como será a experiência de alguém que faz um encontro consigo e com Deus em meio à tanta agitação? É possível esse encontro? Qual o nível de experiência espiritual que a pessoa leva para a sua vida cotidiana?

Parece-me tão lógico que o silêncio das tardes, das flores, da chuva, das paisagens, nos mostrem tão claramente que Deus se encontra lá, escondido no mistério... Como ouvir um amigo no meio de um show? Mesmo que ele grite ao nosso ouvido, vamos compreender, ainda que com muito esforço, absolutamente quase nada do que ele tentou nos dizer. Como pensar na vida participando de um show, mesmo que este seja cristão? O máximo que conseguiremos é voltar para casa com os tímpanos afetados pelos estragos dos altos decibéis.

A arte do silêncio consiste em ouvir a voz de Deus, que nos espera numa tarde serena, na chuva que irriga a terra para despertar a vida adormecida pela longa seca, nas flores que cumprem o seu papel de falar da beleza da vida, nas paisagens que revelam o mistério que não precisa de palavras...

Se no silêncio que cala toda agitação encontramos Deus, então também nos encontraremos com aquilo que sempre buscamos: nós mesmos. Onde tudo se cala o mistério da vida nos aponta a beleza do que não pode ser expresso verbalmente.


Padre Flávio Sobreiro


Bacharel em Filosofia pela PUCCAMP. Teólogo pela Faculdade Católica de Pouso Alegre - MG.
Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Carmo (Cambuí-MG). Padre da Arquidiocese de Pouso Alegre - MG.
http://www.flaviosobreiro.com

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

São Paulo Apóstolo

O apóstolo dos gentios e das nações nasceu em Tarso. Da tribo de Benjamim, era judeu de nação. Tarso era mais do que uma colônia de Roma, era um município. Logo, ele recebeu também o título de cidadão romano. O seu pai pertencia à seita dos fariseus. Foi neste ambiente, em meio a tantos títulos e adversidades, que ele foi crescendo e buscando a Palavra de Deus.

Combatente dos vícios, foi um homem fiel a Deus. Paulo de Tarso foi estudar na escola de Gamaliel, em Jerusalém, para aprofundar-se no conhecimento da lei, buscando colocá-la em prática. Nessa época, conheceu o Cristianismo, que era tido como um seita na época. Tornou-se, então, um grande inimigo dessa religião e dos seguidores desta. Tanto que a Palavra de Deus testemunha que, na morte de Santo Estevão, primeiro mártir da Igreja, ele fez questão de segurar as capas daqueles que o [Santo Estevão] apedrejam, como uma atitude de aprovação. Autorizado, buscava identificar cristãos, prendê-los, enfim, acabar com o Cristianismo. O intrigante é que ele pensava estar agradando a Deus. Ele fazia seu trabalho por zelo, mas de maneira violenta, sem discernimento. Era um fariseu que buscava a verdade, mas fechado à Verdade Encarnada. Mas Nosso Senhor veio para salvar todos.

Encontramos, no capítulo 9 dos Atos dos Apóstolos, o testemunho: "Enquanto isso, Saulo só respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor. Apresentou-se ao príncipe dos sacerdotes e pediu-lhes cartas para as sinagogas de Damasco, com o fim de levar presos, a Jerusalém, todos os homens e mulheres que seguissem essa doutrina. Durante a viagem, estando já em Damasco, subitamente o cercou uma luz resplandecente vinda do céu. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: 'Saulo, Saulo, por que me persegues?'. Saulo então diz: 'Quem és, Senhor?'. Respondeu Ele: 'Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro te é recalcitrar contra o aguilhão'. Trêmulo e atônito, disse Saulo: 'Senhor, que queres que eu faça?' respondeu-lhe o Senhor: 'Levanta-te, entra na cidade, aí te será dito o que deves fazer'".

O interessante é que o batismo de Saulo é apresentado por Ananias, um cristão comum, mas dócil ao Espírito Santo.

Hoje estamos comemorando o testemunho de conversão de São Paulo. Sua primeira pregação foi feita em Damasco. Muitos não acreditaram em sua mudança, mas ele perseverou e se abriu à vontade de Deus, por isso se tornou um grande apóstolo da Igreja, modelo de todos os cristãos.

São Paulo de Tarso, rogai por nós!